Os advogados Anaxágora Alves Machado Rates e Alexandre Waltrick Rates assinam um dos artigos do Livro “Agua, Agricultura y Alimentación” do Congresso Nacional de Água de Alicante, na Espanha. . Intitulado “Reúso de água na agricultura irrigada, um aliado à gestão sustentável dos recursos hídricos”, o estudo destaca a importância da reutilização da água, especialmente, no estágio da vida em nosso planeta.
Os autores ressaltam sobre a necessidade real e urgente de que essa consciência seja aplicada na agricultura. “O reúso da água nas atividades agrícolas demonstra ser um grande, se não o maior, facilitador para que a sustentabilidade do insumo vital seja efetivada, alargando-se a possibilidade de que sua utilização possa alcançar toda a vida humana, bem como de todas as espécies conviventes de nossa casa mãe”.
Questão que não deve ser tratada apenas por quem está a frente da produção agrícola no Brasil, mas também e de forma fundamental pelos gestores e pelo Estado. Desta forma, o trabalho vai além ao trazer uma explanação dos dilemas que dificultam uma efetiva gestão pública no Brasil, não só de implementação, bem como do entendimento de que na agricultura irrigada o reúso é um aliado à gestão sustentável dos recursos hídricos, podendo resultar, de uma forma especial, na construção de instrumentos que ajudem a acabar com as mazelas que a falta de água traz para 35 milhões de brasileiros que não dispõem do valioso bem essencial à vida.
“Uma gestão voltada às pessoas, garantindo-lhes um acesso isonômico à água, valendo-se da necessária proteção para que tenham o acesso ao insumo por largo tempo, passa pela gestão efetiva de políticas públicas que sejam produzidas com a participação do Estado e da sociedade civil, sendo isso o mínimo que se espera de um País que possui abundância do ouro líquido. Jamais se pode esperar que não se efetivem ações administrativas que sejam voltadas a proteção e uso do recurso natural, especialmente o seu reaproveitamento, seu reúso após o devido e correto tratamento, instrumentos que embora conhecidos pela ciência, devem ser impostos, de forma clara e efetiva, pela política de recursos hídricos no Brasil, acompanhando as melhores práticas existentes no mundo”.